A PALO
SECO
Estava
cantarolando A Palo Seco,
e do nada
surge no meio da sala,
uma
bailarina toda de vermelho,
me
acompanhando em insinuante
dançar
flamengo.
E em seu
semblante transparece
a dor do meu
canto todo um lamento,
que tento
traduzir meu sofrimento.
É assim que
agora é, as vezes do nada
me vejo
cantarolando A Palo Seco,
e surge ela
toda de vermelho,
sobre meu
tapete magico,
a dançarina
flamenga,
feito uma
holografia.
Que dança
lindamente,
apesar de
não haver acompanhamento
de guitarra
cigana, com seu som delirante,
porque o
canto é a Palo Seco,
mas mesmo
assim há harmonia.
Harmonia
porque há sinergia,
da bailarina
flamenga,
Que sapateia
ao som do meu momento,
tal qual um
mouro do alto do minarete,
fazendo um
grande chamamento.
E fico sem
saber se é um sonho,
ou um
pressentimento,
esse meu
canto A Palo Seco,
que apesar
de ser um lamento,
já que é
acompanhado
da bailarina
flamenga,
é a saudade
em forma
de
enternecimento.
Marco
Aurelio Tisi
( 15/
-04/2013 )
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